Os hackerativistas do Anonymous e do LulzSec produziram um comunicado conjunto nessa quarta-feira no qual pedem que seus integrantes parem de usar imediatamente os serviços do PayPal. Eles acusam o PayPal de entregar dados para as autoridades americanas, permitindo que mandados de busca e apreensão fossem emitidos pelo poder judiciário daquele país. É guerra, mas dessa vez sem utilizar os computadores e o usual ataque DDoS.
Na semana passada o Tecnoblog noticiou que o FBI estava atrás de hackers envolvidos com o grupo Anonymous. Pois bem, uma emissora afiliada da NBC nos Estados Unidos descobriu o modo como os agentes da corporação determinaram a identidade dos suspeitos. Eles tiveram ajuda do PayPal, que forneceu uma espécie de lista negra com 1.000 IPs de computadores envolvidos no ataque que o grupo conduziu contra o serviço de pagamentos no ano passado.
Basicamente, o Anonymous e o LulzSec pedem o boicote ao PayPal – o sistema de pagamentos online mais usado no mundo, que agora faz suas primeiras investidas no processamento de pagamento com dispositivos móveis.
“Nós encorajamos a todos que usam PayPal que fechem imediatamente suas contas e considerem uma alternativa. O primeiro passo para ser verdadeiramente livre é não colocar a confiança de alguém em uma empresa que congela contas quando acha que deve ou quando é pressionada pelo governo dos Estados Unidos.”
De acordo com o comunicado-manifesto publicado no PasteBin, os acusados de participarem das operações de hackerativismo podem ser condenados a pagar US$ 500 mil de multa, além de uma pena estimada em até 15 anos na cadeia, dependendo do caso.
O PayPal é uma empresa do eBay, o site de leilões. Nos últimos tempos, tem sido o principal motor do crescimento do grupo. Caso muitas pessoas fechem suas contas, pode ser que o boicote tenha algum impacto financeiro na companhia. Mas algo me diz que os meros mortais continuam alheios a essa disputa entre PayPal, eBay, e Estados Unidos, e os grupos Anonymous e LulzSec.
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