terça-feira, 19 de julho de 2011

Fernandão, estudado para ser diretor do Inter, diz que não foi procurado















O Inter pode viver uma situação inusitada: a saída de um de seus maiores ídolos e a chegada de outro. No mesmo momento em que demite o técnico Paulo Roberto Falcão, cresce a chance de o clube contratar Fernandão. Mas para outra função. Ele é cotado para ser o diretor-executivo de futebol do Inter, cargo vago desde a saída de Newton Drummond.

O empecilho para a chegada de Fernandão era Roberto Siegmann, ex-vice-presidente de futebol do clube. Ele era contra, mas foi demitido junto com Falcão. Com isso, a ideia de Giovanni Luigi, o presidente do Inter, volta a ganhar força. O capitão das conquistas da Libertadores e do Mundial em 2006 desembarca em Porto Alegre nesta terça-feira. Segundo ele, era uma viagem já programada, para ir à Serra com a família. Ele diz que não foi procurado pelo clube.

- Ainda não tem nada. Está todo mundo me ligando, mas não tem nada de ligação. E não quero responder se aceitaria ou não. Não quero dar entrevista, na verdade. O que teve foi um tempo atrás, de coincidir de o Fernando Carvalho ter me ligado, a gente ter conversado. Logo depois, o Chumbinho (Newton Drummond) saiu. Mas não tem nada ainda – disse Fernandão.

O maior ídolo recente dos colorados está em Goiânia, onde treina fisicamente depois de deixar o São Paulo. A decisão de encerrar a carreira de atleta ainda não é definitiva. Fernandão trata as dores pubianas que sente desde os tempos de Morumbi. Ele ainda não se livrou delas. Por isso, prefere não assinar com nenhuma equipe – o Palmeiras e um clube dos Estados Unidos manifestaram interesse.

- Desde fevereiro, vinha com uma lesão no púbis. Estava demorando para me recuperar. Consegui a recuperação, entrei no jogo contra o Santos, comecei a colocar a carga de trabalho. Foi quando conversei com a diretoria. Ali, foi minha saída. Estou tratando em Goiânia. Meu pensamento é: se volto a sentir com pouco trabalho, vou voltar a sentir com carga mais forte. Mas independentemente disso, já era algo que eu pensava (aposentadoria). Eu só estaria antecipando em seis meses. Não quero ser desonesto com o clube que assinar. Se eu estivesse com 26, 27 anos, o pensamento seria outro. Com 33 e o pensamento que eu tinha, tenho que pensar duas vezes antes de fechar com um clube – afirmou Fernandão.

Quando deixou o Inter, em 2008, Fernandão afirmou que voltaria, mas não necessariamente como jogador. No ano seguinte, quando foi levantada a possibilidade de o ídolo retornar ao Beira-Rio, houve um desentendimento entre ele e o principal dirigente do clube, Fernando Carvalho – foram campeões mundiais juntos. A situação, porém, foi resolvida com um telefonema do dirigente para o jogador.

Fernandão diz que está em dúvida sobre viajar a Porto Alegre nesta terça ou não. Ele teme que o alvoroço em torno de seu nome impeça aquele que, segundo ele, é o motivo da presença no Sul: passear com a família.

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