Toda a preparação do Grêmio no primeiro semestre deste ano, após a eliminação nas oitavas de final da Taça Libertadores, culmina na decisão do Campeonato Gaúcho. Às 16h de domingo o Grêmio, com a vantagem de ter vencido o primeiro jogo por 3 a 2, recebe o Inter no Estádio Olímpico disputando o título estadual. A menos de dois dias da grande decisão, Renato Gaúcho revela ansiedade. O técnico do Grêmio admitiu nesta sexta-feira, logo após o treino realizado durante a tarde, que a aproximação do Gre-Nal lhe tira o sono. - Se eu pudesse jogar estaria tranquilíssimo. Porque eu saberia que entraria em campo para ajudar os companheiros. Mas como treinador o sofrimento é grande, a ansiedade é grande. Mas ao mesmo tempo com muita confiança. Um dia normal passa normalmente, mas nesses dias está demorando mais. Acordo durante a noite, demoro a dormir - explicou. No dia anterior, jogadores como Adilson e Gilson o descreveram como um 'paizão' para o grupo tricolor. E as palavras dos atletas encheram de alegria o coração do treinador: - Fico contente pelas palavras deles, até porque eu procuro blindá-los, protegê-los. Eu estive 20 anos dentro de vestiário. Na hora que precisa dar o puxão de orelha eu dou, e eles sabem disso. E sabem que é para o bem deles. Esta é uma maneira que eu tenho de tratar os jogadores, porque eu sei como os jogadores gostam de ser tratados. Segundo Renato Gaúcho, esta experiência de 20 anos como jogador permite a ele dialogar no mesmo idioma dos atletas. - Tem que dar o diálogo, para o jogador não pensar que tu acha que sabe tudo, que é o 'bam-bam-bam'. Tudo é diálogo. Nós sempre nos acertamos. E aí vem essa entrega dentro de campo. No momento que o treinador não tem o grupo nas mãos, alguma coisa está errada. O treinador tem que ter o grupo na mão para as coisas andarem. É que nem no casamento, quando o homem briga demais com a mulher, tem que separar. No futebol é a mesma coisa, felizmente esse grupo é muito bom de trabalhar - concluiu.
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