Que core de vergonha o colorado que disser que apostava em Zé Roberto como o nome do título gaúcho. Será mentira deslavada dele. Criticado, esquecido, martelado como um dos símbolos dos tempos de Celso Roth, o meia-atacante ressurgiu quando menos se esperava – e quando o Inter mais precisava. Ele foi a campo ainda no primeiro tempo e mudou o jogo para o time colorado. Participou diretamente dos três gols da virada de 3 a 2 no Olímpico.
Era um time atrapalhado, confuso, frágil. Era um time parcialmente derrotado por 1 a 0. E aí entrou Zé Roberto no lugar de Juan. O Inter, até então amassado pelo Grêmio, primeiro equilibrou o jogo. E depois passou a dominá-lo. E o jogador foi absolutamente decisivo no processo. Primeiro, deu o passe para o gol de Leandro Damião. Ele recebeu de D’Alessandro na esquerda e mandou o cruzamento. O centroavante desviou para o gol.
Depois, foi o arquiteto do cruzamento de escanteio que resultou no segundo gol vermelho. A bola ficou viva na área, saiu dela e Andrezinho, mesmo mancando, mandou o chute. Era a virada do Inter. Por fim, partiu em disparada pela esquerda, com a zaga do Grêmio absorta, e foi derrubado por Victor. Pênalti pro Inter. D’Alessandro bateu e fez.
Ele já era a personagem do jogo. Mas ainda estavam por vir as cobranças de pênaltis. Na série de cinco, houve empate por 3 a 3. E aí Adílson errou a cobrança do Grêmio. E coube a Zé Roberto, justamente a Zé Roberto, o último chute. Ele partiu para a bola e, em sua chuteira, colocou tudo que aconteceu em sua passagem pelo Inter. Mandou o chute. E fez. Encerrou, naquele gesto, uma das maiores partidas de sua vida.
- O futebol é assim. O mais importante é que nunca deixei de acreditar no meu futebol – disse o jogador na saída de campo.
Zé Roberto foi um dos atletas mais festejados depois do jogo. E um dos que mais festejou. Foi o grande nome da virada colorada.
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